terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Mnhummmm... :D

Bolo estudante
8 colher de farinha de trigo
1 chávena de manteiga
¾ chávena de açúcar
½ chávena de leite
2 colherezinhas de fermento
1 pitada de sal
1 maçã
3 ovos

Bata o açúcar com a manteiga, até formar um creme. Acrescente uma a uma, as gemas, batendo bem. Junte os ingredientes secos, alternados com o leite e, por último, adicione as claras batidas em ponto de neve. Coloque a mistura numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha de pão torrado, cobrindo-a com uma camada de rodelas de maçã, que são polvilhadas com açúcar. Coza o bolo em forno moderado.

Bolo de Chocolate Diet

Para a massa:

3 ovos
1 clara
3 csp farinha de trigo
0.5 xícaras leite desnatado
1 csp cacau em pó peneirado
1 csb fermento em pó
3 csp adoçante

Para a cobertura:
barra (40 g) de chocolate dietético

Bata as 4 claras em castelo até que fiquem bem firmes. Adicione as gemas e bata por mais 3 minutos. Desligue a batedeira, junte o leite, a farinha, o cacau e o fermento e misture rapidamente.
Despeje a massa numa forma (20 cm de diâmetro) untada e leve ao forno por 30 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Derreta o chocolate em banho-maria ou no microondas e, com a ajuda de um pincel, passe sobre o bolo frio

Sabe tão bem adoçar o nosso paladar...

Relação...


[Fig.1] Saborear...

Ao comer uma pêra, por exemplo, o aroma desta chega até o nariz e dissolve-se na mucosa que recobre as células sensíveis ao cheiro. Estas células enviam sinais nervosos para parte olfactiva do cérebro que reconhece o gosto da pêra, e assim sabemos a fruta que estamos a comer. O sabor doce da pêra pode também ser sentido nas papilas que ficam na ponta da língua. Para saber a fruta que estamos a comer, são enviados sinais nervosos ao cérebro como ocorre no olfacto.
Também, por exemplo, quando estamos a fazer um bolo, no momento de o tirar do forno, sentimos aquele cheirinho delicioso no ar. Isso ocorre porque as nossas narinas recebem vapores emitidos pelo bolo que nos trazem informações que associamos ao paladar, e é nesse momento que nos apetece dar-lhe uma grande trinca. Em geral, associamos cheiros agradáveis ou não a um histórico de sensações que experimentamos ao longo da vida. Por ser conhecido e ligado ao prazer, o cheiro do bolo traz a lembrança de comer o bolo, o que nos adianta o prazer que sentiremos ao comê-lo. Temos uma parte de nossa memória reservada para os odores e sabores. Muitas vezes, basta olharmos para uma foto de um prato apetitoso para sentirmos aquele cheiro e aquele sabor delicioso que, na verdade, não está presente na imagem.
Esta é uma prova do nosso dia-a-dia em que podemos constatar a relação do olfacto e o do paladar...

O Paladar

Tal como o olfacto, o paladar é um sentido que analisa quimicamente moléculas. Contudo, existem diferenças:
- O paladar é menos desenvolvido que o olfacto;
- O paladar necessita de um contacto directo com o objecto a saborear.

[Fig.1] Comer uma bolachinha.

Quando o alimento entra em contacto com a língua, esta vai actuar com as papilas gustativas [Fig.2]. Os diferentes sabores vão ser captados e, posteriormente, as sensações serão transmitidas para o cérebro onde vão ser interpretadas, assim como as que chegam do sentido do olfacto.
A língua, no caso do Homem, desempenha um papel importantíssimo na articulação da linguagem. É um órgão carnoso, constituído por dezassete músculos.
Quanto à sua forma, esta possui bordos arredondados, uma base larga e grossa e a ponta achatada de cima para baixo.


[Fig.2.] Papilas Gustativas
A face superior encontra-se envolvida pela mucosa lingual e é aqui que se encontra grande parte das papilas gustativas. Estas podem ser circunvaladas, fungiformes e filiformes [Fig.2.].
Cada célula receptora do paladar reage a um dos quatro sabores básicos: amargo, ácido, salgado e doce. De sua combinação resultam centenas de sabores distintos.
As zonas da língua responsáveis por cada sabor básico varia, como podemos verificar na figura:

[Fig.3.] Zonas da língua referentes aos 4 sabores primários.



A língua apresenta dois tipos de nervos: os motores e os sensitivos. Estes últimos terminam em formações nervosas responsáveis das sensações gustativas.




sábado, 23 de fevereiro de 2008

Curiosidades

* O sistema olfactivo detecta a sensação de um odor de cada vez. Se um odor pútrido e um aroma doce estão presentes no ar, o dominante será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação olfactiva será entre doce e pútrida.



* Os insectos possuem o olfacto nas antenas. Podem determinar um odor a 60 km de distância.




[Fig.1.] Insecto

* Os elefantes conseguem localizar até 30 parentes ausentes, ao sentir o seu cheiro corporal. Deste modo, conseguem construir um mapa mental de onde eles se encontram. Estes foram os resultados de uma pesquisa realizada no Quénia.



[Fig.2.] Elefante



* O animal que produz o cheiro mais tenebroso de todos é o gambá (nome popular de um marsupial, neste caso a famosa doninha fedorenta). Alguns cientistas, na Filadélfia, Estados Unidos, estão a tentar desenvolver um gás que seja ainda mais forte do que aquele produzido por este animal. Tencionam usar esse cheiro como uma arma não-letal capaz de controlar multidões, sendo apenas repulsivo. Na sua composição faz parte uma substância orgânica chamada cadaverina. Ela é uma das substâncias responsáveis pelo cheiro insuportável dos corpos em decomposição.



[Fig.3.] Doninha Fedorenta



* Em menos de um segundo somos capazes de detectar, no ar, a presença de substâncias em concentrações tão baixas que nenhuma máquina construída pelo homem detectaria. O nosso olfacto torna-se mais débil à medida que envelhecemos.

Patologias



A perda do sentido do olfacto é conhecida com o nome de anosmia que pode ser causada por uma lesão no nervo olfactivo, pela obstrução das fossas nasais ou por outras doenças.

Quando o olfacto se encontra degenerado, não tem de ser necessariamente porque o indivíduo apresenta alguma doença. Por exemplo, no caso dos fumadores, estes possuem os sensores olfactivos muito degenerados, devido ao fumo do cigarro. Contudo, basta alguns meses sem fumar, para que estes recuperem o seu olfacto.

Sinusite, desvio do septo, rinite, cancro do nariz e tumores nasais, são doenças que afectam o olfacto. A paranosmia é uma sensação distorcida do olfacto, que geralmente resulta em sensação de cheiros que não existem ou cheiros desagradáveis. O mau cheiro também pode ser um sintoma de sinusite crónica.

A pituitária

A pituitária é uma mucosa que cobre toda a zona das paredes das fossas nasais. Tem, anteriormente, continuidade com a pele dos orifícios do nariz e posteriormente com a mucosa da faringe.


Relativamente a esta mucosa, podemos designar a sua parte superior como mucosa olfactiva ou amarela e a sua parte inferior, como mucosa vermelha. Quanto à mucosa vermelha, é muito rica em vasos sanguíneos, e contém glândulas que segregam um muco, mantendo húmida a região. Se os capilares dilatarem-se, o muco é segregado em excesso, ficando o nariz obstruído, sintoma característico de quando apanhamos um pouco mais de frio. A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas [Fig.4].

[Fig.4] Fisiologia da mucosa amarela e seus constituintes


Os produtos voláteis que se desprendem das diversas substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e dissolvem-se no muco que impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos sensoriais. Dessa forma, geram-se impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das células olfactivas, de onde atingem os axónios, que comunicam com o bulbo olfactivo. É do bulbo olfactivo que se origina o nervo olfactivo que conduzirá os estímulos nervosos até ao cérebro. No lobo temporal, na zona do córtex conhecida como área 7, é onde estas sensações são reconhecidas e interpretadas.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O Perfume - A História de um assassino

“Jean-Baptiste Grenouille nasce em circunstâncias pouco dignas, em 1738, no Mercado do Peixe de Paris. Em terna idade se apercebe de que é dotado de um olfacto bastante refinado. Na adolescência, e após conseguir sobreviver às criminosas condições de trabalho de uma tinturaria local, Grenouille inicia-se como aprendiz na perfumaria de Baldini. Rapidamente ultrapassa o mestre na arte de misturar essências, e estas tornam-se a sua obsessão – uma obsessão que o leva a afastar-se da companhia de outros seres humanos. Dominado pela ideia de preservar os aromas humanos, ele assassina, sem escrúpulos, jovens mulheres cujo cheiro peculiar chama a sua atenção. O drama adensa-se quando Grenouille se depara com a bela Laura, a qual se lhe apresenta como possuindo uma espécie de essência sobrenatural. Outros assassinatos inexplicáveis se sucedem e o pai de Laura, o nobre Richis, suspeita que a vida da sua filha está também em grande perigo.
Um verdadeiro jogo de gato e rato entre o amor fraternal e a paixão mortal começa...”


Elenco


Ben Whishaw - Jean-Baptiste Grenouille
Dustin Hoffman - Giuseppe Baldini
Alan Rickman - Richis
Rachel Hurd-Wood - Laura
Andrés Herrera - Door Guard
Simon Chandler - Mayor of Grasse
David Calder - Bishop of Grasse
Richard Felix - Chief Magistrate
Birgit Minichmayr - Grenouille‘s Mother
Reg Wilson - Customer - Fishmarket
Carlos Gramaje - Police Lieutenant - Fishmarket
Sian Thomas - Madame Gaillard
Michael Smiley - Porter
Perry Millward - Marcel
Alvaro Roque - Grenouille at 5 Years



Se realmente ficaram curiosos, não percam este filme… São 147 minutos imperdíveis e completamente absorventes!

Um mundo onde as essências perfeitas vagueiam em cada esquina por onde passamos…



Este filme foi baseado na literatura clássica e surpreendente de Patrick Süskind, traduzido para 45 idiomas e com mais de 15 milhões de cópias vendidas em todo o mundo!
Querem estimular ainda mais o vosso sentido olfactivo? Pois muito bem. Não esperem mais… Este livro é também perfeito.


Narizinho...


[Fig.2] Esquema da estrutura do aparelho olfactivo e estutura miscroscópica das células sensoriais olfactivas.

O nariz é suma saliência volumosa que se situa no meio do nosso rosto. Nele distinguem-se diversas zonas: três faces, três bordos, um vértice e uma base. É na base que se abrem os orifícios aos quais denominamos narinas. Estes orificios têm continuidade, interiormente, com as fossas nasais.


[Fig.3] Caracterização básica da constituição do nariz.

As fossas nasais são cavidades que se ligam com o exterior pelas aberturas inferiores do nariz e comunicam com a faringe pela sua região posterior. Toda esta zona encontra-se revestida por uma mucosa que se designa pituária ou mucosa nasal, na qual falaremos em pormenor num próximo post.




Odores


O homem é capaz de distinguir entre 2000 a 4000 odores diferentes. Contudo, esta diversidade de odores resulta do arranjo de sete odores que são considerados básicos:
- Cheiro almiscarado;
-Cheiro floral;
-Cheiro mentolado;
-Cheiro canforado;
-Cheiro étereo;
-Cheiro acre;
-Cheiro pútrido.




Olfacção


Para que a olfacção se realize é preciso que o corpo que queremos cheirar seja gasoso ou, no caso de ser sólido, que liberte partículas que sejam solúveis no líquido que humedece a mucosa nasal, facilitando assim a sua análise.

A mucosa olfactiva é tão sensível que bastam poucas moléculas para estimula-la, produzindo-se assim a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior for a quantidade de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar.



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O olfacto


[Fig. 1] Cheirar uma rosa.

É através do olfacto que distinguimos os diferentes tipos de substâncias que pairam no ar, que nos agrada ou não. É a partir da estrutura das moléculas aromáticas que chegam ao nosso nariz que podemos dintinguir se a substância que as liberta nos proporciona uma boa sensação ou não. Este sentido localiza-se sobretudo na musosa olfactiva que envolve as fossas nasais.


Sabias que ?

O olfacto é um dos sentidos do Homem mais primitivos, estando pouco desenvolvido comparativamente a outros animais.

O bicho-da-seda possui um olfacto tão aguçado que pode sentir a presença da fêmea a 11 Km de distância!

O olfacto fornece grande informação sobre o mundo exterior e, por isso, é necessario disciplina-lo e estimula-lo.



sábado, 9 de fevereiro de 2008

Auriculoterapia



A Auriculoterapia é um método terapêutico que utiliza a orelha para avaliação e tratamento das disfunções orgânicas e emocionais, bem como de dores em geral.
Também designada de auriculopunctura ou terapia auricular, é praticada desde há milénios pelos chineses, mas também por outras culturas antigas, em particular pelos egípcios.

Esta terapia baseia-se no princípio de que os pontos auriculares estão relacionados com as várias partes do corpo, sendo que a sua estimulação vai actuar nos órgãos correspondentes, auxiliando-os a encontrar o seu normal funcionamento.

Isto com o conhecimento de orelha ser composta por tecido cartilaginoso onde circulam numerosos nervos importantes, os quais actuam como condutores, recebendo e emitindo informação sensorial importante.

Patologias do ouvido interno


As doenças do ouvido interno provocam sintomas tais como a perda auditiva, vertigem (sensação de girar), zumbido no ouvido (tinnitus) e congestão. Estas doenças podem ter várias causas, tais como infecções, traumatismos, tumores e o uso de certos fármacos; a causa é, por vezes, desconhecida.

[Fig.1] A surdez deve-se em grande parte a disturbios do ouvido interno

Surdez repentina- A surdez repentina é uma perda grave da audição, em geral num só ouvido, que se manifesta em poucas horas. Por ano, uma em aproximadamente 5000 pessoas sofre de surdez repentina. Certas actividades extenuantes, como o levantamento de pesos, exercem uma grande pressão sobre o ouvido interno, danificando-o e provocando uma perda auditiva súbita ou flutuante e vertigem. No ouvido afectado pode ouvir-se um som explosivo quando o dano é provocado pela primeira vez. Por vezes, não se identifica nenhuma causa.

Perda auditiva provocada pelo ruído- A exposição a ruídos fortes, como os produzidos pelos equipamentos de carpintaria, serras mecânicas, motores de explosão, maquinaria pesada, tiros ou aviões, pode provocar uma perda da audição porque são destruídos os receptores auditivos (células peludas) do ouvido interno.

Perda de audição coma a idade- Este tipo de perda auditiva começa depois dos 20 anos e primeiro afecta as frequências mais altas e, gradualmente, chega às mais baixas. De qualquer forma, o grau de perda auditiva varia consideravelmente. Algumas pessoas estão quase completamente surdas aos 60 anos, enquanto outras têm uma capacidade auditiva excelente aos 90. Os homens são afectados com mais frequência e com maior gravidade. A perda auditiva parece estar parcialmente relacionada com o grau de exposição ao ruído.



[Fig.2] Medicamentos podem causar graves consequências no nosso sistema auditivo

Lesão do ouvido devido a medicamentos- Alguns medicamentos [Fig,19], como certos antibióticos, diuréticos, a aspirina e as substâncias semelhantes à aspirina, podem danificar o ouvido. Estes afectam tanto a audição como o equilíbrio, embora a mais afectada seja a capacidade auditiva.

Tumores no nervo auditivo- Um tumor no nervo auditivo (neuroma acústico, neurinoma acústico, schwannoma vestibular, tumor do oitavo par craniano) é um tumor benigno que se origina nas células de Schwann (células que envolvem o nervo). A perda de audição, o zumbido, a náusea e a falta de equilíbrio são os primeiros sintomas.

Patologias do ouvido médio

As doenças do ouvido médio provocam sintomas como mal-estar, dor e uma sensação de que o ouvido está tapado ou que existe uma pressão no seu interior, bem como uma saída de líquido ou de pus, uma perda da audição, tinnitus (zumbido nos ouvidos) e vertigens (sensação de andar à roda).

[Fig.1] Tímpano perfurado

Perfuração do tímpano - O tímpano pode ser perfurado por objectos colocados dentro do ouvido, como uma zaragatoa, ou por objectos que entram acidentalmente no ouvido, como um raminho ou um lápis. O tímpano também pode ser perfurado pela acção de um aumento repentino da pressão (como o causado por uma explosão, uma pancada ou um acidente ao nadar ou ao mergulhar) ou de uma brusca redução da pressão.

Barotite média- A barotite média (barotrauma ou aerotite) é uma lesão no ouvido médio causada por uma pressão desigual de ar em cada um dos lados do tímpano.



Miringite infecciosa- A miringite infecciosa é uma inflamação do tímpano por infecção bacteriana ou viral. No tímpano aparecem pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas). A dor começa inesperadamente e dura entre 24 e 48 horas. Se a pessoa tiver febre e perda de audição, a infecção é provavelmente bacteriana.



[Fig.2] Criança com otite

Otite média aguda- A otite média aguda é uma infecção bacteriana ou viral que se desenvolve no ouvido médio.

Mastoidite aguda- A mastoidite aguda é uma infecção viral da apófise mastóide, o osso saliente que se encontra por trás do ouvido. Esta doença costuma ocorrer quando uma otite média não tratada, ou tratada inadequadamente, se propaga desde o ouvido médio até ao osso que o rodeia (a apófise mastóide).

[Fig.3] Protese de substituição do estribo

Otosclerose- A otosclerose é uma doença na qual o osso que rodeia o ouvido médio e interno cresce em excesso, imobilizando o estribo (o osso do ouvido médio ligado ao ouvido interno) e impedindo a correcta transmissão dos sons.

Patologias do ouvido externo

Eis algumas doenças que afectam o ouvido externo:

Obstruções - A cera do ouvido (cerúmen) pode obstruir o canal auditivo e provocar comichão, dor e uma perda temporária da audição. O médico pode eliminar a cera lavando suavemente o canal com água quente (irrigação).

Otite externa - A otite externa é uma infecção do canal auditivo. A infecção pode afectar todo o canal, como na otite externa generalizada, ou apenas uma zona reduzida, como por exemplo um furúnculo. A otite externa, por vezes chamada mal do nadador, é mais frequente durante o Verão, quando se pratica natação.






[Fig.1] Pericondrite



Pericondrite - A pericondrite é uma infecção da cartilagem do ouvido externo. Podem causar pericondrite as lesões, as picadas de insectos ou um furúnculo aberto com bisturi no ouvido. O pus acumula-se entre a cartilagem e a camada de tecido que a rodeia (pericôndrio). Por vezes, o pus interrompe o fluxo sanguíneo que chega à cartilagem, destruindo-a e provocando uma deformação. Apesar de ser destrutiva e duradoura, a pericondrite costuma provocar apenas sintomas ligeiros.


Tumores - Os tumores do ouvido podem ser não cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos).


[Fig.2] Eczema


Eczema - O eczema do ouvido é uma inflamação da pele do ouvido externo e do canal auditivo caracterizada por comichão, vermelhidão, descamação e um corrimento saindo pelo ouvido.



Lesões - Uma lesão, como, por exemplo, um golpe violento sobre o ouvido externo, pode causar uma ferida entre a cartilagem e a camada de tecido conectivo que a rodeia (pericôndrio). Quando o sangue se acumula nesta zona, o ouvido externo converte-se numa massa deformada e de cor vermelho-púrpura. O sangue acumulado (hematoma) pode interromper o fluxo sanguíneo que chega à cartilagem, fazendo com que a orelha se deforme.

A Cóclea

[Fig.1] Cóclea

A cóclea (estrutura fulcral do ouvido interno) está dividida em dois canais diferentes: um ao centro, o canal coclear, onde corre a endolinfa e outro, constituído pelas rampas vestibular (situada por cima) e a rampa timpânica (situada por baixo), onde circula a perilinfa. Estas duas últimas duas rampas cruzam-se na ponta da cóclea, local denominado de helicotrema.
A perilinfa percorre a cóclea no sentido da janela oval para o helicotrema, através da rampa vestibular e regressa, pela rampa timpânica, no sentido do helicotrema para a janela redonda, onde vai ser amortecida.
Já a endolinfa permanece no canal coclear, envolvendo o órgão de Corti a partir do qual vão ser enviadas as mensagens nervosas para o cérebro, nas células ciliares.

Fisiologia do Ouvido


[Fig.1] Percepção do som.

O som difunde-se através de uma vibração pelo ar. Esta vibração é captada pelo ouvido externo (pavilhão auditivo e canal externo do ouvido).

[Fig.2] Chegada do som ao tímpano.

Esta vibração atinge a membrana do tímpano que funciona como se fosse uma membrana de um tambor super sensível. Estas vibrações fazem a membrana timpânica vibrar.


[Fig.3] Ossículos do ouvido médio.

Na membrana do tímpano encontra-se fixado um pequeno osso chamado martelo. O martelo está articulado num outro osso chamado bigorna que pôr sua vez articula-se no estribo. Este conjunto de pequenos ossos se movimenta com a vibração da membrana do tímpano e amplificam esta vibração como um sistema de "roldanas" transmitindo-a a uma pequena membrana que se encontra encostada no estribo e está em contacto com o canal da cóclea, a janela oval.




[Fig.4] Percurso do som.

O canal da cóclea está cheio de um líquido e tem a forma em espiral como a de um caracol. Com a vibração da cadeia de ossinhos que consequentemente faz vibrar a membrana da cóclea (membrana basal), este líquido (perilinfa) movimenta-se dentro da espiral coclear, transmitindo as vibrações para um canal de pouca espessura que passa no centro da cóclea, rodeado pela membrana basilar, o canal coclear.




[Fig.5] Localização do nervo auditivo.

Esta movimentação gera uma pequena energia eléctrica, que se forma dentro do canal coclear, mais especificamente no órgão de Corti, e é transmitida ao cérebro pelo nervo auditivo, onde será descodificada a mensagem e, assim, onde será gerada a compreensão dos sons.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Ouvido Interno

[Fig.1] Ouvido interno




- Canais semicirculares: ajudam a manter o equilíbrio e auxiliam a visão, já que as rotações da cabeça precisam ser compensadas para que possamos ter uma visão clara sem desfocar a imagem. É através deles que se pode saber por exemplo quando se está com o corpo inclinado mesmo estando de olhos vendados. Juntos formam o sistema vestibular. Problemas com os canais semicirculares podem resultar em sintomas como a vertigem.


- Cóclea: canal em forma de caracol preenchido por líquidos (perilinfa e endolinfa). Quando as vibrações chegam à cóclea provenientes da orelha interna, são transformadas em ondas de compressão que por sua vez activam o órgão de Corti, responsável pela transformação das ondas de compressão em impulsos nervosos que serão enviados ao cérebro para serem interpretados.


- Janela redonda: membrana que funciona como amortecedor do movimento perilinfa (um dos líquidos circulantes da cóclea), de maneira a que não haja desequilíbrios causados pela pressão do fluido nas paredes do ouvido interno.


- Nervo auditivo: transporta a informação do som produzido, desde o processamento na cóclea, onde as vibrações são codificadas em mensagens nervosas, até ao cérebro.

Ouvido Médio

[Fig.1] Ouvido médio

- Martelo, Bigorna e Estribo: estes três ossículos estão situados no ouvido médio no sentido de estabelecerem uma ligação entre o ouvido externo e o interno. São estes que vão conduzir o som desde o tímpano à janela oval. O martelo, fixo no tímpano, vai transmitir as vibrações, provenientes do ouvido externo, à bigorna que está segura pelo estribo que, por sua vez, está em contacto com a janela oval.



[Fig.2] Ossículos do ouvido médio

- Trompa de Eustáquio:
via que liga o ouvido médio à cavidade nasal. É graças a esta ligação que a pressão interna se mantém constante, evitando perturbações tanto na sanidade do ouvido, como na transmissão sonora.

- Janela oval: membrana onde está fixado o estribo, que vai prolongar para o ouvido interno a informação vibratória receptada da cadeia de ossículos.

Ouvido Externo

[Fig.1] Ouvido externo


- Pavilhão auditivo (orelha): estrutura cartilaginosa que capta o som do exterior.


- Canal auditivo: conduz o som até ao tímpano. Como existe a presença de pelos, possui também uma função protectora de sons extremamente fortes, impedindo que o som chegue ao tímpano com a mesma intensidade e que, assim, não provoque a dor, devido à sensibilidade da membrana.


- Tímpano: membrana extremamente fina que funciona como uma barreira entre o ouvido externo e o ouvido médio, este último submetido a uma pressão diferente. É também através dele que o som vai ser transmitido para a cadeia de ossículos do ouvido médio, estando assim ligado ao martelo.


[Fig.2] Tímpano

O Aparelho Auditivo


O ouvido humano tem uma estrutura bastante complexa, pelo não passa por um órgão que apenas capta o som conduzindo-o até ao cérebro. Este não só capta o som, como também o transforma em informação nervosa através de processos físicos e químicos e reúne grandes funções de equilíbrio interno e orientação, nomeadamente na sua zona mais interna.

Assim, o ouvido divide-se em três zonas:


- Ouvido externo: zona onde se assiste à captação do som



[Fig.1] Representação do ouvido externo e sua localização em todo o ouvido.


- Ouvido médio: regulador de pressões internas. Transmite o som através de ossículos para o interior




[Fig.2] Representação do ouvido médio e sua localização em todo o ouvido.

- Ouvido interno: conduz o som, transformando-o depois em informação nervosa, sendo esta depois deslocada até ao cérebro


[Fig.3] Representação do ouvido interno e sua localização em todo o ouvido.

O que é o som?




[Fig.1] Sonograma


O som não passa de uma forma de energia originada por um corpo vibrante. Este é transmitido apenas em meios materiais que têm massa e elasticidade, como os sólidos, líquidos ou gasosos, isto é, não se propaga no vácuo. Todos os sons que ouvimos são transmitidos sob a forma de ondas. Os sons que estamos habituados a ouvir são, na sua maior parte, combinações de outros sons mais puros, que possuem uma velocidade de oscilação ou frequência que se mede em hertz (Hz) e uma amplitude ou energia que se mede em decibéis. Os sons audíveis pelo ouvido humano têm uma frequência entre 20 Hz e 20 kHz. Acima e abaixo desta faixa estão os ultra-sons e infra-sons, respectivamente.




Características de um som


[Fig.2] Representação de onda sonora


Ao ouvirmos dois sons provocados ao acaso, reparamos que estes dois são auditivamente distinguíveis. Podemos referir se um é mais agudo ou mais grave, assim como nos é possível fazer referência à intensidade com que o ouvimos (se mais forte ou mais fraco). Consegue-se ainda distinguir entre os sons, qual deles, por exemplo, para nós, é o mais suave.

Intensidade

Numa situação em que queremos chamar a atenção um colega nosso, chamando-o pelo seu nome, verificamos que se usam diferentes intensidades de voz consoante esse nosso colega estiver longe ou perto de nós. Deste modo, podemos afirmar que, para nós que chamamos pelo nosso colega, nos é mais claramente audível o som que produzimos com mais força, ou seja, o som que tem mais intensidade.
A intensidade de um som é medida em decibéis, e é medida por uma relação estabelecida com a amplitude da onda referente ao mesmo som. Quanto mais forte um som, maior o seu valor de decibéis.

Altura

Ao assistir a uma ópera, verificamos que o som da voz masculina tem um carácter mais grave que a voz feminina. Aqui, estamos na presença da diferença de altura entre dois sons, característica que os distingue de mais agudos ou mais graves. A altura de um som é determinada pela sua frequência, expressa em Hertz. Tal como já foi referido, o ouvido humano apenas possui um âmbito audível entre 20 Hz e 20000 Hz.

Timbre

[Fig.3] Violino

O timbre é a característica do som que nos permite distinguir dois sons de frequência e intensidade iguais. Por exemplo, se ouvirmos um piano a tocar exactamente a mesma nota, à mesma intensidade que toca um violino, conseguimos distinguir os dois sons pelo o carácter percutido do som do piano e pelo carácter friccionado do som do violino.