Através da observação deste espectro é possível deduzir que:
-o comprimento de onda varia inversamente à frequência;
-a frequência e a energia da radiação são grandezas directamente proporcionais;
-o ser humano vê apenas radiações cujo comprimento de onda varia entre 400 e 750 nm (aproximadamente);
-as diferentes cores correspondem a radiações de diferentes frequências.
O que é uma onda?
Uma onda consiste numa transferência de energia, sem transporte de matéria, através da propagação de uma perturbação. Caracteriza-se pelo:
-Ciclo – cada repetição periódica;
-Comprimento de onda - distância entre dois pontos iguais de ciclos sucessivos. É representado pela letra grega landa (λ) e a unidade S.I. é o metro (m) [Fig.2];
-Frequência - número de ciclos realizados por segundo. A unidade S.I. é o Hertz (Hz);
-Amplitude - altura da onda, do estado de repouso até ao máximo atingido.
[Fig.2] Representação do comprimento de onda
Reflexão da luz
Este fenómeno consiste no desvio da trajectória de um feixe luminoso, quando este incide sobre uma superfície.
Se a superfície não for perfeitamente polida, o feixe reflecte em todas as direcções - reflexão difusa da luz [Fig.3].
Caso seja, a luz apenas reflecte numa única direcção - reflexão regular da luz [Fig.4].
[Fig.3] Reflexão difusa da luz
[Fig.4] Reflexão Regular da luz
-o ângulo do raio incidente é igual ao ângulo do raio reflectido [Fig.5];
-o raio incidente, o raio reflectido e a normal pertencem ao mesmo plano [Fig.6].
[Fig.6] RI, N RR pertencem ao mesmo plano
Este fenómeno consiste na mudança de direcção do feixe luminoso, quando este atravessa uma superfície de separação entre dois meios cujas velocidades de propagação são diferentes [Fig.7]. A velocidade de propagação varia inversamente à densidade do meio.
Este fenómeno consiste no desvio das ondas quando estas encontram um obstáculo, nomeadamente fendas.
Se o comprimento de onda for:
-menor que a fenda, ocorre uma pequena difracção [Fig.8];
-maior que a fenda, ocorre uma acentuada difracção [Fig.9].
[Fig.8] Pequena difracção
Relativamente ao comprimento de onda:
-se for elevado, a onda não é muito direccional, propagando-se em todas as direcções, contornando os obstáculos;
-se for pequeno, a onda praticamente não se difracta.
Todas as radiações electromagnéticas são constituídas por partículas elementares denominadas fotões.
O fotão não possui massa detectável, move-se à velocidade da luz, dependendo do meio em que se propaga, e é capaz de transferir a sua energia para outras partículas, podendo dar origem, por exemplo, ao efeito fotoeléctrico.
Este efeito consiste na emissão de electrões por parte de um material metálico, quando este é exposto a uma radiação electromagnética cuja energia é igual ou superior à energia de ionização do metal [Fig.10].
[Fig.10] Representação do do Efeito Fotoeléctrico
No estado fundamental, os electrões do metal encontram-se nas órbitas mais próximas do núcleo. Quando o átomo é sujeito a radiações electromagnéticas, estas vão excitar os electrões, fornecendo-lhes energia. Se essa energia, comparativamente à energia de ionização do metal, for:
-menor, os electrões são excitados, mas não são libertados da acção do núcleo - Não há efeito fotoeléctrico;
-igual, os electrões são excitados, saindo do raio de acção do núcleo (ionização do átomo). Contudo, os electrões ejectados não possuem energia cinética. – Há efeito fotoeléctrico;
-maior, os electrões são excitados, saindo do raio de acção do núcleo (ionização do átomo). A energia excedente dos electrões converte-se em energia cinética. – Há efeito fotoeléctrico.
Condicionantes do efeito fotoeléctrico:
-tipo de metal – as energias de ionização variam consoante o metal;
-frequência da radiação – quanto maior, maior é a energia cinética dos electrões ejectados;
-intensidade da radiação – quanto maior, maior o número de electrões ejectados.
Albert Einstein [Fig.11] foi o responsável pela explicação deste fenómeno, em 1905.
[Fig.11] Albert Einstein
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